Liminares suspendem tributação de hora extra
			O Superior Tribunal de Justiça (STJ) julgava de forma contrária às empresas para a discussão sobre o terço de férias.
		
	
	
		
		A Justiça Federal tem  concedido, em primeira instância, liminares a empresas que suspendem a  cobrança de contribuições previdenciárias sobre horas extras. As  companhias decidiram questionar o pagamento depois de os tribunais  superiores isentarem o chamado terço de férias. As decisões beneficiam  contribuintes de São Paulo, Aracaju, João Pessoa, Juiz de Fora (MG) e  Rio de Janeiro.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) julgava de forma contrária às empresas para a discussão sobre o terço de férias. Mas alterou seu entendimento depois de o Supremo Tribunal Federal(STF)  analisar a questão. Os ministros da Corte decidiram em 2006, em um  recurso de uma associação de servidores públicos, que o terço  constitucional não tem natureza salarial e, portanto, não estaria  sujeito à incidência das contribuições previdenciárias.
A partir  desse entendimento, empresas têm entrado com ações na Justiça para  suspender a cobrança e reaver o que já foi recolhido nos últimos cinco  anos. Além disso, buscam noJudiciário cancelar  o pagamento das contribuições previdenciárias sobre aviso prévio  indenizado, valores pagos nos 15 primeiros dias de afastamento de  empregados doentes ou acidentados e as horas extras.
O advogado  Maurício Faro, do escritório Barbosa, Müssnich & Aragão, já obteve  cinco liminares para livrar seus clientes do pagamento de contribuições  sociais sobre as horas extras. Para ele, esse valores também não teriam  natureza remuneratória para fins previdenciários.
Como as liminares não entram no mérito da discussão, ainda é cedo para afirmar que essa argumentação deve ser aceita pelo Judiciário.  No entanto, segundo Faro, o Supremo tem um julgamento pendente, em  caráter de repercussão geral, que pode estabelecer o que deve ser  considerado remuneração para fins previdenciários. "Dependendo do  resultado, a nossa tese deve ganhar mais força", afirma o advogado.