Controle de contas pode se opor aos investimentos
			Além de divulgar as ações, os gestores públicos precisam manter as contas públicas dentro dos padrões legais e ao mesmo tempo atender aos anseios da população de bem estar.
		
	
	
		
		Além de divulgar as ações, os gestores públicos precisam manter as contas  públicas dentro dos padrões legais e ao mesmo tempo atender aos anseios da  população de bem estar. Segundo o coordenador da Comissão de Estudo em  Contabilidade Pública do CRC-RS Sílvio Zago, o gestor convive com uma dicotomia.  “Ou controla as contas públicas e a parte fiscal e não investe na cidade. Por  outro lado, não terá o reconhecimento dos investimentos feitos aos  contribuintes”, diz. 
A equação que vincula os recursos e as despesas  mínimas pode ser um entrave. A Constituição Federal determina percentuais  obrigatórios de aplicação de recursos em determinadas áreas. “A realidade difere  dependendo do município, existem particularidades que não são respeitadas quando  há limites constitucionais”, critica o secretário-adjunto da Fazenda de Porto  Alegre, Zulmir Breda. 
Muitas vezes, exemplifica o secretário, um  prefeito acaba investindo em determinada área que não necessitaria de mais  recursos apenas para cumprir a lei. É o caso do setor de educação em Porto  Alegre. O orçamento destinado encontra dificuldade em atingir o mínimo  constitucional determinado, de 25% da receita de impostos e transferências. “Há  um esforço até para utilizar esse volume de recursos. Outras áreas, como saúde,  sofrem carência e precisam de mais recursos para atender à população”.  
Para a secretária da Fazenda de Estrela, Elaine Görgen Strehl, uma  alternativa para combater essa situação é o planejamento. O município enfrenta  dificuldades financeiras e a burocracia legal imposta. “Para isso, precisa ter  um planejamento a longo prazo, onde se possa recuperar no exercício seguinte as  receitas e obras que não puderam ser realizadas no ano anterior”, aconselha  Elaine.