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O maior risco não está no mercado e sim na falta de sucessão
Este artigo discute os desafios e as melhores práticas para garantir uma transição de liderança tranquila e eficaz
O planejamento de sucessão segue sendo uma das tarefas mais negligenciadas pelas empresas brasileiras. Embora sua importância seja reconhecida, muitas vezes é adiado ou tratado como mera formalidade. Frequentemente, os legados empresariais são colocados em risco por falta de preparo para a transição de liderança.
Em muitos casos, o maior risco para o futuro de uma empresa não está na concorrência, mas na resistência a "passar o bastão". O medo de que os sucessores não estejam prontos gera insegurança e conflitos internos. A dificuldade de reconhecer nos herdeiros a autonomia necessária para liderar pode comprometer tanto a família quanto os negócios.
O problema se agrava com a procrastinação: muitos só pensam na sucessão quando já enfrentam problemas de saúde ou pressão familiar.
O que deveria ser planejado ao longo dos anos vira uma corrida sem estrutura nem critérios objetivos. Outro ponto crítico é a confusão entre herdeiros e sucessores.
Afinidade afetiva não garante competência executiva. Famílias empresárias bem-sucedidas investem na profissionalização da gestão, separam os papéis da empresa e da família e contam com apoio especializado para mediar esse processo.
A sucessão exige a combinação de técnica, escuta ativa, mediação e sensibilidade. Advogados, consultores e psicólogos organizacionais podem funcionar como pontes, ajudando a conciliar interesses e preservar vínculos. Os melhores casos que acompanhamos foram conduzidos com coragem, método e apoio multidisciplinar. Os piores, infelizmente, vieram após crises, quando o tempo já não era aliado.
Planejar a sucessão é um ato de responsabilidade e visão de futuro. É cuidar do legado para que ele avance com estrutura, coerência e equilíbrio.
Fonte: Rodrigo Alonso é economista, advogado e CEO da Ripol Alliance Multi-Family Office.
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